Por Rosival Fagundes
Empreendedores iniciantes não querem explorar nichos de mercado, tentam evitá-los, com receio de ficar fora de setores importantes, e acabam entrando em mercados altamente competitivos, no oceano vermelho, onde as empresas disputam de maneira acirrada, a preferência dos consumidores.
Quando um empreendedor iniciante abriu sua primeira loja, um outro comerciante na mesma rua tentou enfrentar a concorrência. Ele pendurou um cartaz imenso: funcionando neste mesmo ponto há mais de 50 anos. No dia seguinte, o empreendedor iniciante também pendurou um cartaz que dizia; abri há uma semana: não tenho estoques antigos”.
Empreendedores iniciantes não querem explorar nichos de mercado, tentam evitá-los, com receio de ficar fora de setores importantes, e acabam entrando em mercados altamente competitivos, no oceano vermelho, onde as empresas disputam de maneira acirrada, a preferência dos consumidores.
Para quem está começando, a melhor estratégia é procurar acender uma fogueira com fósforos e não com lança-chamas, ou melhor; desenvolver a capacidade de fornecer um produto ou serviço exclusivo. Identificar um nicho de mercado onde os clientes mais o apreciam, e as margens de lucro são boas porque você acaba oferecendo algo exclusivo que todos desejam intensamente.
Por exemplo; uma academia de ginástica pode oferecer um serviço exclusivo para 30 ou 40 pessoas de forma customizada, individualizada. O serviço é exclusivo para cada cliente, com hora marcada e atendimento personalizado.
É necessário criar uma vantagem competitiva, escolhendo um mercado em que poucos sabem fazer o que você faz bem. Para reduzir o grau de concorrência, é melhor evitar escolher um setor saturado, pois ele é sempre pouco rentável.
É sempre mais inteligente escolher um negócio com investimento inicial reduzido, assim menor será o risco. Quanto à rentabilidade, escolha um setor que tem a dimensão para absorver erros iniciais e permitir margens adequadas. Na escolha de um setor de mercado, jamais deixe de considerar critérios como o grau de rentabilidade e a necessidade de capital.
Conhecendo o seu negócio, o empreendedor pode criar uma estratégia de marketing de nichos, pois segundo o autor do livro ” A ARTE DO COMEÇO” , Guy Kawasaki, você precisa começar em um nicho pequeno, ainda inexplorado, em forma de uma ” cabeça-de-praia”, o que significa dizer : um mercado pequeno o bastante para grandes concorrentes não quererem entrar nele, e grande o bastante para que, caso se dê bem, possa atingir massa crítica e lucratividade com ele.
Evidentemente que, se o empreendedor começar logo a desenhar cada aspecto do negócio, como a intensidade da concorrência, o grau de rentabilidade, necessidade de capital, investimento, capital de giro, formaçao de custos , carga tributária, as possibilidades de sucesso são muito maiores.
Rosival Fagundes. Consultor do Sebrae-Ba. Palestrante e professor universitário contato: palestras e consultorias de plano de negócios e plano de marketing. e-mail: rosival.fagundes@ba.sebrae.com.br
Fonte: Administradores.com