Por Flávio Emílio
Esta coluna é publicada as Sextas Feiras e aos Domingos.
Todo líder precisa de um backup. Não, não estou falando da cópia de segurança que devemos fazer periodicamente de nossos arquivos salvos em computador. No idioma corporativo, backup é um colaborador selecionado para cumprir uma importante missão: ser o número 2. O isolamento de um gestor poderá limitar fortemente a sua capacidade gerencial, além de trazer à tona o fantasma da sobrecarga de trabalho que o arrasta para funções operacionais, desviando sua mente e visão das questões mais estratégicas. Vejo quatro benefícios de se ter um backup:
- Ele substituirá o líder temporariamente, sempre que necessário. A partir da chegada do backup o setor passará a ter alguém interino com poder de decisão, mesmo na ausência do líder;
- Será possível dividir tarefas com o backup através do mecanismo da delegação. Caberá ao líder monitorar resultados e não se prender a supervisionar a execução, o que otimizará o uso do tempo;
- Ele será um interlocutor do líder. É sempre muito bom ter alguém para dialogar a respeito de dilemas, oportunidades e questões relacionadas ao trabalho. O backup vai auxiliar o líder nas desafiadoras tarefas de análise e resolução de problemas.
- Ele será um candidato natural à sucessão do líder. Conheço gente que teme a chegada de um backup, por achar que ele fará sombra ou procurará tomar a posição do líder a todo custo. Em princípio, não vejo motivo para pânico ou apreensão. Preparar um sucessor pode ser o fator decisivo para liberar o líder para assumir posições ainda mais elevadas na carreira. Não dispor de um backup pode “travar” o futuro profissional de muita gente…
Ter um backup por perto significará também que o líder é um desenvolvedor de talentos humanos. Não resta dúvida que essa condição agregará um valor decisivo à sua imagem, bem como aos padrões de eficiência e aos resultados conquistados por sua equipe.
Flávio Emílio Monteiro Cavalcanti é administrador e Mestre em Gestão de Recursos Humanos .