Por Flávio Emílio
Esta coluna é publicada as Sextas Feiras e aos Domingos
Sabe aquele colega de trabalho que vive a criticar a empresa, os colegas, o chefe, o governo, o time de futebol, o clima e qualquer outra coisa? Provavelmente ele não faz ideia do mal que esse tipo de atitude traz para a carreira. Se bem dosado e controlado, o senso crítico demonstrará que o profissional tem capacidade de analisar o que acontece à sua volta e formar opiniões, sem se deixar levar pela maioria.
A questão é quando a crítica vira vício. Enxergar defeitos em tudo não fará bem nem a ele próprio, nem muito menos àqueles com os quais ele divide o espaço. Com o passar do tempo, os apontadores de falhas passam a merecer menos atenção e vão deixando de ser levados a sério, virando “personagens folclóricos” dentro do local de trabalho.
A razão disso está numa perigosa mudança de visão. Deixam eles de olhar para as soluções e passam a enxergar apenas problemas. Assim, seu discurso ultrapassará a frágil barreira da crítica construtiva, se convertendo em metralhadora giratória que dispara ataques contra tudo e todos que estiverem à sua volta…
Quem aguenta conviver com um chato desses?
Caso você seja colega de alguém que se enquadre nesse perfil ou mesmo seja um deles, alerto para a necessidade de estabelecer limites para a vontade de criticar e ainda o grau de contundência das palavras que usa. Lembre-se que soa bonito afirmar que “fala o que pensa”… Mas, na prática, deve-se medir e pesar tudo antes de falar, pois não temos como prever como nossas palavras serão recebidas por quem as ouve.
Procure associar características construtivas e positivas à sua imagem. Assim, quando chegar a um ambiente, a reação das pessoas será de satisfação e receptividade em tê-lo por perto e nunca o contrário!
Flávio Emílio Monteiro Cavalcanti é administrador e Mestre em Gestão de Recursos Humanos .